Amores que não podem ser...

E na vida louca que levavam eles se conheceram, ele o melhor amigo do namorado dela, e ela a namorada do melhor amigo que não ia muito com a cara dele... Mas a vida tem métodos loucos de manter pessoas em nossa vida, e de levá- las principalmente, um dia lá estavam eles... Ela enterrando o homem da sua vida, com  ele a segurar-lhe a mão, mal sabiam o quão próximos se tornariam...
A vida que traz e leva pessoas é a mesma que nos faz entender sobre os amores e  que existem tipos diversos dele, o amor é eclético, se molda, recria, adapta, nega, permite, foge, vive, mas como dizia Cazuza,os melhores são os que "inventamos pra nos distrair...." A proximidade levou a implicância, a implicância a uma amizade... Dessas que é colorida e vem com bônus...
 Um beijo,escorregou da testa para os lábios, um beijo que paralisou aquela garota, pois a muito ela não lhe permitia ser beijada, quando se perde um amor pra não mais voltar,assusta-se quando ele começa a nascer por um alguém oposto ao que se quer... Era ele implicante, invasivo(isso a irritava), uma daquelas pessoas que acham que compromisso é perda de tempo, monogamia é prisão, e príncipe encantado a coisa mais chata que se criou para tolos o buscarem e com essa parte ela concordava...
Ele não era o tipo que estenderia o casaco nos ombros dela, ou mandaria flores com chocolates e cartões o máximo que ele faria era leva-lá pra comer batata frita em uma espelunca que ele dizia que era legal, e que na verdade ela amou... O lugar, o papo, a espelunca, a batata frita, a menininha que era grossa na mesma medida que meiga, que escondida sua fragilidade atrás dos livros que lia viu se encantada por alguém que era oposto dela e do que ela queria pra vida dela e acredite não foi influência de Jane Austen e seus modelos de homens bem apessoados, educados, e porque não dizer  apaixonantes, que a fez ver quão diferentes são eles era e que ela queria pra si a monogamia não a de prender alguém e sim a de se pertencer, de partilhar, dos chocolates com cartões, as flores continuam a serem dispensadas, as batatas frias ops fritas ao som da voz dele...
Era errado... aliás era dois errados, inventando algo que não sabiam onde ia parar, como aluno de química a unir um pouco de tudo para e trabalhar nisto para do nada criar algo genial e aproveitável...
Foi no trabalhar que eles se estranharam, era a doação desconfiada dela, com o desgastante descompromisso e impontualidade dele, que a fizeram se fechar ao  sentimento, mas ele a convidava, atraia, entendia, abraçava e ela teve medo. No fim os dois sabiam que haviam nascido um para o outro isso é fato, mas não estavam destinados a ficarem juntos, tipo não dá certo por mais que eles tentassem.
Porque a torre e o dragão que guardam as donzelas nos tais contos de fadas, falam muito mais de improbabilidade, que de conquista, eles nos mostram claramente que alguns amores simplesmente não são e não poderão ser,iguais não se separam, mas dificilmente opostos permanecerão juntos, melhor deixarem essa coisa de provar que um ajeita o outro, amor é mudança que completa e não mudança que te faz deixar de ser quem é...
É apesar de para os dois, esse amor ser só mentirinha que a vaidade quer, ela entendeu que e melhor partir antes do último grão cair, pois ele tem o dom de penetrar em seus olhos de escudos, e subverter suas armaduras, mas que nunca irá ficar...
Ela já engoli seu orgulho por pessoas que a amavam e se preocupavam com ela muito mais do que ele. Por isso eles vão dar errado. Porque não vão deixar dar certo. Eles não são como os namoros dos seus amigos que  mais parecem irmão por darem tão certo, eles brigaram mais em pouco tempo juntos do que ele brigou com suas 12 namoradas.
Mas há coisas a se aprender com amores assim e quem não os tem nunca vão entender.
O que e desejar "Matar" alguém e não o fazer porque sentiria falta dela antes mesmo de enterrar o corpo kkk.
Então melhor ficar assim e apenas aceitar que alguns de nossos amores não podem ser, mesmo sem nunca se convencerem  de que já não se querem.

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